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terça-feira, 14 de junho de 2016

O teu limite é superar-te

Eleva-te, supera-te!
És mais do que imaginas.
Sente o sangue a cavalgar
Nas veias enfunadas
E exalta-te de emoção.
Não tenhas medo, cai!
Mas não te esqueças de olhar
Para cima do horizonte.
Vai, ergue-te, luta!
A tua espada limpa
Não te serve de nada.

Foi para isso que os deuses
Lançaram os heróis ao mundo
Odin quis pensar-te
Sonhar-te a criar-te.
Tens as estrelas na mão,
Valhalla é já ali,
Não desistas agora.
As Runas irão cantar-te
Os anciãos irão invejar-te
Os jovens aspirar-te.

Mas não deixes de sonhar
De respirar as tuas ilusões
Idealiza
Sonha
Pensa
Cria
Luta por tudo o que queres
Materializa ambições
Afinal somos todos deuses


E nunca te esqueças
Que eu estou sempre aqui.

Estarei sempre aqui
Enquanto quiseres que esteja


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Tempestade de Sentimentos

A tempestade assola a noite escura
Navios que navegam águas profundas
Há chuva que os fastiga sem doçura
Ventos viram as velas vagabundas.

O dia vai nascendo sem ter pressa
O teu corpo vê regressar a mente
E toda a violência acalma, cessa,
Para que tudo acorde lentamente.

E verás nesse lento despertar
Que todo o orvalho matinal
Saíu em lágrimas do meu olhar.

Aprendamos a viver com o mal
Não, não interessa vê-las secar
Quero é delas recordar, no final.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Noite de Santo António

Cheira a sardinha, manjerico
E o amor anda no ar,
Vai começar o bailarico
Anda, vamos dançar.

Os pares tomam posição
Para na marcha bailar,
Ouve-se ao fundo o acordeão
E a tuba a acompanhar.

Um casal de namorados
Parece ignorar a melodia,
Continuam abraçados
Beijar-se-ão até ser dia.

No céu o arraial a estoirar,
Causa grande excitação!
É a festa popular
Que pertence à população.

Foi festa de Santo António,
Santo casamenteiro.
É dele esta noite,
Minhas as do ano inteiro.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Caminhada Funesta

Fatum

O tempo é célere em demasia
Comboio que arranca sem ter calma,
Vida, encenação ou fantasia
Ferida que nos corrói a alma.

Sinfonia incompleta, deixada,
Brisa que sopra com lentidão,
Orvalho fresco da madrugada
Conto secreto da multidão.

Passagem fugaz mas mesmo assim
Saudade que queima todo um ser,
Medo que no dia do meu fim
Venha a partir sem me conhecer.


terça-feira, 24 de março de 2009

Rosa de Primavera

Verum Amorae

A intimidade da noite traz-me

A ternura dos meus sentimentos

Como so ela realmente me conhecesse

Como se só ela me entendesse.

Ela irremediavelmente mostra-me

A inquietude dos meus pensamentos

Onde acabam meus anseios

Onde começam os meus devaneios.

Tudo à volta parou no tempo

No instante em que te vi chegar

Como se deixasse de soprar o vento

Na cumplicidade daquele olhar.

Cresceu então dentro de mim

Uma daquelas sensações

Que desorienta a alma e assim

(Sem qualquer tipo de satisfações)

A enfraquece e consome

E apenas te apercebes dela

Quando dela já não te consegues libetertar

Nem tão pouco contra ela lutar.

Viste com aquela estação

Em que na terra tudo floresce

E o dia em que tudo terminará

Apenas o destino o saberá.

Cingi-te na claridade da razão

Teu nome a minha mente não esquece,

Tua beleza em ouro resplandece

E assim te guardo no meu coração.


sábado, 28 de fevereiro de 2009

Amar humanamente

Os amores de um homem

São como dias de Verão,

Há aqueles que se consomem

Ou que simplesmente somem

Como uma luz na escuridão.


Amar.

É tão belo amar e ser amado

Ser beijado e beijar,

Dar a mão e caminhar

Estar perdido e ser consulado.


Ou então escrever,

Deixar as ideias fluir.

Num dia cinzento e a chover

Ver lágrimas a escorrer

Mas no fim fazer sorrir.


Ama, deixa de futilidades!

Deixa-te consumir pela formosura

Segue as verdades

Luta contra adversidades

Pois o amor é a mais bela loucura.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Lágrimas de Sangue

Quero chorar mas não consigo,
Consigo apenas sonhar contigo
E com a tua mão dada à minha
Para que a minha alma não ande sozinha
Neste mundo de eterno sofrimento
E eterna imperfeição.
Chora o meu coração
E não o consigo dominar
Como se a chorar
Ele desabafasse tudo o que interioriza
E aquilo que precisa
Para te fazer esquecer.
Um guerreiro não chora?
Não só chora como decora
Aquilo que o faz chorar,
Para que no futuro não venha a vacilar.
Nem tão pouco cair.
Valhala me espera.
Mas a morte não me desespera,
Porque a maior honra do guerreiro
É morrer em anseio
Numa batalha dividida.
Lágrimas de sangue me correm,
Mas ideias não me ocorrem
Para ultrapassar tal desilusão:
Brunilde do meu coração.