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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Lágrimas de Sangue

Quero chorar mas não consigo,
Consigo apenas sonhar contigo
E com a tua mão dada à minha
Para que a minha alma não ande sozinha
Neste mundo de eterno sofrimento
E eterna imperfeição.
Chora o meu coração
E não o consigo dominar
Como se a chorar
Ele desabafasse tudo o que interioriza
E aquilo que precisa
Para te fazer esquecer.
Um guerreiro não chora?
Não só chora como decora
Aquilo que o faz chorar,
Para que no futuro não venha a vacilar.
Nem tão pouco cair.
Valhala me espera.
Mas a morte não me desespera,
Porque a maior honra do guerreiro
É morrer em anseio
Numa batalha dividida.
Lágrimas de sangue me correm,
Mas ideias não me ocorrem
Para ultrapassar tal desilusão:
Brunilde do meu coração.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Asgard ou Valhala

Vida ou morte,
Azar ou sorte,
Hesitação ou confiança,
Adulto ou criança,
Riqueza ou pobreza,
Investimento ou avareza,
Aqueu ou troiano,
Cristão ou muçulmano,
Solteiro ou casado,
Morto ou ressuscitado,
Mentira ou verdade,
Puberdade ou maioridade,
Recente ou ultrapassado
Odiado ou amado,
Estagnação ou progresso,
Barreira ou acesso,
Esquecimento ou lembrança,
Cantata ou dança,
Faurré ou Mahler,
Mendhelsson ou Wagner,
Loiro ou moreno,
Nervoso ou sereno,
Baptizado ou funeral,
Traiçoeiro ou leal,
Herói ou vilão,
Saúde ou Podridão,
Iletrado ou doutor,
Alegria ou dor,
Dia ou noite,
Carícia ou acoite,
Portugal ou Espanha,
Verdade ou manha.

Asgard ou Valhala:
Perdê-la ou Amá-la.