Opus 26
Olho à minha volta,
E vejo sombras do passado
Não vivido e indesejado,
Passado que me revolta.
Onde antes via verdes prados,
Hoje vejo chamas flamejantes
E povos beligerantes
Que da guerra são culpados.
E se outrora a flauta pastoral
Espalhava melodia d’encantar,
Hoje explode vibrantemente no ar
A belicosa trombeta infernal.
O que mais me custa sentir,
É que sou pequeno e impotente
Para conseguir mudar a corrente
Que o mundo ameaça seguir.
E porque me custa olhar em frente
No meio deste vendaval?
É porque eu continuo igual,
O mundo é que está diferente...
Para quem gosta de poesia, aqui ficou uma das minhas obras mais recentes.